A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária divulgou que o laboratório Sanofi-Aventis, fabricante da
vacina da dengue, apresentou informações que sugerem que pessoas que nunca
tiveram contato com o vírus da dengue podem desenvolver formas mais graves da
doença caso tomem a vacina. A vacina Dengvaxia foi aprovada no Brasil em 28 de
dezembro de 2015 e não é oferecida pelo Programa Nacional de Imunizações.
A suspeita do laboratório, apresentada nesta
semana, ainda não é conclusiva, mas, diante do problema, a recomendação da
Anvisa é que a vacina não seja tomada por pessoas que nunca tiveram dengue.
Apesar de esclarecer que a vacina por si só não é capaz de desencadear um
quadro grave da doença nem induzir ao aparecimento espontâneo da dengue - para
isso, é preciso ser picado por um mosquito infectado -, existe a possibilidade
de que pessoas soronegativas desenvolvam um quadro mais agudo de dengue caso
sejam infectadas após terem recebido o medicamento.
A bula da
vacina será atualizada enquanto a Anvisa avalia os dados completos dos estudos,
que ainda serão apresentados pelo fabricante. A vacina da Sanofi, chamada
Dengvaxia, é a única aprovada no Brasil. O produto é indicado para imunização
contra os quatro subtipos do vírus. Para as pessoas que já tiveram dengue, a
Anvisa avalia que o benefício do uso da vacina permanece favorável.
Por meio de
um comunicado, a Anvisa esclareceu que “este risco não havia sido identificado
nos estudos apresentados para o registro da vacina na população para a qual a
vacina foi aprovada”. A agência informou que, antes do registro, os efeitos da
imunização foram estudados em mais de 40 mil pessoas em todo o mundo, e que as
pesquisas seguiram os padrões estabelecidos por guias internacionais da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Texto: Maiana Diniz / Agência Brasil
Foto: Internet
Vacina foi aprovada no Brasil em 28 de
dezembro de 2015